As projeções a longo prazo (2026/2027) para o agronegócio no Brasil deixam qualquer um que leia os números bastante otimista. O relatório publicado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento apresenta números que alertam as empresas desse segmento para diversos desafios e oportunidades. Segundo esse relatório, o Brasil, foi o país que teve maior crescimento em produtividade na agricultura nos últimos 30 anos e 58% desse resultado é atribuído à tecnologia, 15% à terra e 15% ao trabalho.
O que impressiona são os números projetados para os próximos anos. Segundo os estudos, a previsão é de um aumento de 24,2% na produção de grãos e um aumento de 17% na área plantada, passando dos atuais 60 milhões de hectares para aproximadamente 70 milhões de hectares. Isso num período inferir a 10 anos.
Com esses números podemos começar a pensar em alguns desafios e oportunidades:
1 – Avanço tecnológico: o preço do grão passa por momentos bons e ruins ao longo dos anos, mas se observarmos o preço médio, os valores mudam pouco no decorrer dos períodos. Os números das projeções e a busca pela competitividade passam necessariamente pelo aumento da produtividade. O avanço tecnologia de produção com a indústria 4.0 vai ser, se já não é, uma realidade para o setor.
2 – Avanço da engenharia de materiais: o avanço tecnológico vai exigir a fabricação de equipamentos que necessitam cada vez menos da intervenção humana. Aumentar os ganhos passa também pela utilização de máquinas mais duráveis, com menores níveis de desgaste, que aproveitem da melhor forma possível as janelas de plantio para garantir os resultados positivos tanto em plantio quanto em custos.
A engenharia de materiais passa a ganhar um espaço importante e estratégico nas áreas de pesquisa e desenvolvimento do agronegócio. O conhecimento em tribologia, materiais, tratamentos de superfícies (como tratamentos térmicos e revestimentos contra desgastes), podem ser o diferencial competitivo para os fabricantes. A correta seleção de materiais com a aplicação correta de tratamentos de superfícies pode garantir resultados importantes para os produtores a partir de dois meios:
1 – Melhoria do resultado do plantio: produzir por mais tempo com as peças de desgaste nas suas medidas originais garante que o equipamento produza nas suas melhores condições (profundidade do solo no plantio, melhor corte na colheita, etc). Além disso evita que seja perdido tempo importante durante as janelas de plantio para substituição de peças.
2 – Redução de custos com manutenção: trocar peças implica necessariamente em aumentar custos. Os custos estão associados à frequência de troca, necessidade de maior equipe de manutenção, paradas, estoque de peças e perdas de produção.
Quer saber como um produtor conseguiu aumentar em 500% a vida útil de peças em implementos agrícolas? Confira o estudo de caso a seguir.