O revestimento de Carboneto de Tungstênio, muito embora ainda pouco conhecido no nosso país (quando comparado com o nível de utilização nos EUA e Europa), já possui um bom nível de utilização em peças de equipamentos de diversos ramos da indústria. No entanto o conhecimento de sua aplicação ainda é pequeno para os profissionais de engenharia que necessitam especificar esse material.
Veja abaixo 5 pontos que considero super importante que se conheça:
1 – Espessura de camada: Nem sempre uma camada mais elevada é sinônimo de maior resistência ao desgaste. Em muitos casos, camadas espessas custam mais caro e a probabilidade de problemas de trinca são iminentes devido ao nível de tensão residual encontrado em revestimentos mais espessos. Para ambientes severos, camadas de 0,2 a 0,3 mm são excelentes.
2 – Resistência ao impacto. Muito embora o revestimento de carboneto de tungstênio tenha uma dureza elevada, ele não é aplicável em peças que sofrem impacto. Isso por que ele é rígido e, quando submetido a esse ambiente, pode desplacar da superfície.
3 – Resistência à corrosão: O revestimento de carboneto de tungstênio é encontrado em diversas variações de liga. Portanto, se a peça sofre desgaste erosivo e/ou abrasivo em ambientes corrosivos, deve-se escolher aquela liga que mais se adapta à esse ambiente.
4 – Cantos vivos: Muito cuidado com esse ponto. Não é apropriado aplicar revestimentos em superfícies com cantos vivos. Esses cantos devem ser quebrados ou com raio de 1 mm ou com quebras de canto de 1 x 45º para evitar o desplacamento do revestimento nessa região.
5 – Temperatura de trabalho: O revestimento de carboneto de tungstênio é muito resistente à abrasão e erosão. Mas muito cuidado com a temperatura do ambiente de trabalho. Esse revestimento perde as suas características técnicas quando submetido à temperaturas de trabalho superiores à 450 ºC.
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