Os silos de grãos para armazenamento tem a finalidade de receber a produção de grãos e conservá-los em condições ideais para posterior redistribuição. A falta de investimento em silos de grãos é visível quando analisamos as potencialidades da produção agrícola brasileira e em contrapartida as grandes perdas do que se produz. Em 2017 cerca de 15% da produção total de grãos foi perdida por falta de estrutura adequada de armazenamento.
No entanto, armazenar a produção em silos de grãos sem uma secagem prévia e eficiente é ainda mais prejudicial. Para que a qualidade dos grãos seja mantida no armazenamento sua umidade deve ser minimizada, a fim de evitar o desenvolvimento de ácaros, microrganismos e o próprio estímulo metabólico dos grãos, que deterioram suas propriedades. Além disso, podemos citar outras vantagens na utilização de silos de grãos para secagem:
- Antecipação da colheita: elimina a necessidade de espera para que a produção seque ao natural (dependente das condições climáticas, portanto, demorado), além de disponibilizar a área para novos cultivos;
- Garantia de produção: o tempo de permanência da planta é minimizado evitando danos por pragas ou intempéries ambientais.
- Conservação das propriedades do grão: mantém o poder germinativo por períodos mais longos.
- Produto de maior valor agregado: grãos com menor umidade e impureza aumentam a margem de lucro do produtor.
Mas por que a falta silos de grãos para armazenamento gera tantas perdas?
Em primeiro lugar pelo fato que já citamos acima: suscetibilidade do produto à microrganismos indesejáveis . Em segundo lugar, a venda é dependente da demanda, portanto, se não há demanda os grãos a produção será desperdiçada. Por fim, mas talvez a mais impactante é a falta de poder de barganha do produtor, ou seja, ele fica impossibilitado de negociar o produto quando lhe achar mais conveniente (no período entressafra, por ex.) e fica refém dos preços do mercado.
Porém, além do investimento inicial em silos de grãos de armazenamento e de secagem há outro fator primordial a ser considerado na implantação desses sistemas: o CUSTO DE MANUTENÇÃO.
Devido à grande abrasividade dos grãos, seja pela casca ou pela própria semente, o desgaste principalmente de silos de secagem pode reduzir drasticamente a rentabilidade dos produtores. Isto por que a manutenção destas unidades requer muito planejamento, o que neste meio em que a produção é praticamente intermitente isto é difícil de acontecer. Outro grande problema é que o desgaste afeta a estrutura interna dos silos de grãos, dificultando sua detecção. Ademais, muitas operações de manutenção destes componentes envolvem a necessidade de guindastes e equipamentos de grande porte de elevado custo/hora.
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Em parceria com a Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), em especial ao Msc. Renato C. Panzieira, Dr. Marco Tier e Dra. Ana Costa de Oilveira, trabalhamos no desenvolvimento de uma série de revestimentos aspergidos como alternativa para aumento da durabilidade de silos de grãos para armazenamento e secagem. É possível obter ganhos muito elevados na vida útil dos materiais sujeitos a desgaste abrasivo e erosivo por grãos, bem como reduzir significativamente os custos de manutenção e o número de paradas para manutenção corretiva e por consequência aumentar o lucro da produção. Adicionalmente, a facilidade e velocidade de aplicação desses revestimentos reduzem consideravelmente o Tempo Médio Para Reparo (MTTR) dos equipamentos.
Disponibilizamos um Estudo de Caso de um silo de secagem de grãos com dados muitos interessantes de aumento de durabilidade. Para acessar o conteúdo completo basta clicar no link abaixo.