Introdução
Você sabe por que está todo mundo procurando alternativas sustentáveis ao cromo duro? O uso de cromo duro como revestimento contra desgaste é uma prática consolidada há décadas na indústria. Porém, crescentes restrições ambientais e a busca por maior desempenho técnico têm levado engenheiros de manutenção e projetistas a reavaliar essa escolha.
Neste artigo, vamos apresentar por que o carboneto de tungstênio-cromo (WC-CoCr) vem se destacando como a solução que alia segurança, sustentabilidade e eficiência, e como você pode avaliar a migração para essa tecnologia no seu processo produtivo.
O Problema do Cromo Duro
O cromo duro oferece boa resistência ao desgaste, mas tem limitações importantes:
Presença de cromo hexavalente, altamente tóxico e cada vez mais restrito por organismos ambientais e consequentemente no produto de grandes empresas que estão buscando se adaptar às questões da pegada de carbono e sustentabilidade
Risco ocupacional elevado na etapa de galvanoplastia.
Custo crescente de descarte e tratamento de resíduos.
Desempenho limitado em aplicações com cargas severas ou abrasão intensa.
Para muitas indústrias, continuar utilizando o cromo duro tem se tornado um grande desafio
Por que o WC-CoCr vem ganhando espaço como uma das alternativas sustentáveis ao cromo duro?
O WC-CoCr é um revestimento composto por partículas de carboneto de tungstênio em matriz de cobalto-cromo, aplicado geralmente por aspersão térmica HVOF. Ele possui dureza mais elevada e consequentemente maior resistência ao desgaste. A resistência à abrasão desse revestimento é 600% superior à do cromo duro. Ela não tem o problema do cromo hexavalente e além disso é uma liga extremamente versátil. Além da resistência ao desgaste por abrasão e erosão, ela também consegue trabalhar numa gama bastante grande de ambientes corrosivos, o que faz ela garantir resistência à mecanismos de desgastes combinados. Tudo isso faz com que ela garanta uma relação custo benefício muito vantajosa.
Aplicações mais comuns do WC-CoCr
Engenheiros de produto e manutenção têm especificado WC-CoCr nas seguintes situações:
Revestimento de cilindros e eixos sujeitos a abrasão intensa.
Válvulas e componentes de bombas em indústrias químicas e de mineração.
Equipamentos sujeitos a cavitação ou corrosão combinada.
- Peças de turbinas de hidrelétricas
- Hastes Hidráulicas
- Elementos de vedação
Comparativo Técnico Resumido
Critério | Cromo Duro | WC-CoCr (HVOF) |
---|---|---|
Dureza | ~900 HV | 1.100–1.400 HV |
Cromo hexavalente | Sim | Não |
Resistência ao desgaste | Boa | Excelente |
Espessura típica | 50–300 µm | 100–500 µm |
Custo de ciclo de vida | Médio | Baixo (pela durabilidade) |
Conformidade ambiental | Restrita | Conformidade total |
Quando migrar para o WC-CoCr?
Se a sua operação envolve:
Alta severidade de desgaste por abrasão ou erosão.
Demandas de redução de custo de ciclo de vida.
Pressão por eliminação de metais pesados.
Expectativa de aumentar intervalos de manutenção.
…é provável que o WC-CoCr seja a escolha mais estratégica.
Cada caso precisa ser analisado tecnicamente, mas os ganhos costumam compensar rapidamente o investimento.
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