Aumentar a durabilidade de bombas centrífugas é um dos grandes objetivos da gestão de manutenção. Esse tipo de equipamento é encontrado em grande quantidade nos processos de indústrias petroquímicas, papel e celulose, siderurgias e mineradoras. No Brasil, existem excelente fabricantes, como é o caso da empresa Useligas, referência nesse tipo de equipamentos para mineração. São utilizadas para transferência de fluidos que, em muitos casos, possuem partículas sólidas, ocasionando desgastes por abrasão e erosão em peças vitais como rotor, voluta, tampas e luvas de proteção do eixo.
Desgaste por erosão em bombas centrífugas
– Conheça 3 impactos do desgaste de bombas centrífugas nos processos industriais:
– Perda de eficiência: o equipamento desgastado perde capacidade de bombeamento, tem que ser frequentemente ajustado e precisa de um consumo maior de energia para realizar a operação.
– Perda de qualidade: o mau funcionamento das bombas centrífugas pode gerar problemas de qualidade no processo produtivo, como desgaste prematuro de peças devido à redução da capacidade de refrigeração em um processo.
– Parada de máquina: o desgaste das peças culmina na necessidade de parada para manutenção corretiva, que reduz o indicador OEE e aumenta os custos de manutenção.
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O objetivo nesse artigo é mostrar como você pode aumentar a durabilidade de bombas centrífugas em qualquer processo industrial. Esse estudo foi desenvolvido em equipamento utilizado no processo de separação de óleo contaminado. A durabilidade da bomba era de, no máximo um mês. O processo de desenvolvimento foi realizado em 4 etapas.
– Etapas do processo de desenvolvimento
1 – Levantamento de informações do processo: Foram identificadas todas as variáveis presentes, tais como fluido bombeado, temperatura, pressão, materiais utilizados, etc.
2 – Caracterização dos mecanismos de desgaste: Não existe um material ruim, mas sim material mal especificado para o ambiente de trabalho. A assertividade da escolha passa necessariamente pelo conhecimento do mecanismo de desgaste que está degradando a superfície da bomba centrífuga.
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3 – Escolha de um revestimento: A partir do conhecimento das variáveis e do mecanismo de desgaste foi definido um material mais apropriado e realizado o ensaio de desgaste no Centro de Pesquisas e Tecnologia da Rijeza. Assim foi possível fazer uma avaliação do potencial aumento de vida útil.
4 – Validação: O revestimento foi aplicado na voluta da bomba, para comprovação dos resultados obtidos nos ensaios.
Na avaliação dos resultados podemos perceber que a utilização do revestimento de carboneto de tungstênio se mostrou bastante eficaz para atingir o objetivo de aumento de durabilidade do equipamento. Esse material possui dureza muito elevada, o que proporciona uma excelente resistência ao desgaste por abrasão e erosão. Nesse caso, conseguimos aumentar a durabilidade das bombas centrífugas em 300%, e proporcionou três ganhos para o gestor de manutenção:
1 – Redução das paradas em 70%, com contribuição para melhoria do indicador de OEE;
2 – Aumento da disponibilidade em 300% com confiabilidade;
3 – Redução do custo de manutenção ocasionado pela redução da frequência de troca de peças.
Baixe a seguir o “Estudo de caso: como aumentar a durabilidade de bombas centrífugas” e confira também imagens de todo o processo.