A confiabilidade na manutenção dos equipamentos industriais diz respeito à capacidade e probabilidade que eles têm de realizar o seu serviço, dentro das condições operacionais estabelecidas no projeto, durante um determinado período.
A engenharia de manutenção é quem toma conta desses equipamentos e, diante do cenário atual, tem papel estratégico na redução de custos dentro das organizações. A engenharia de manutenção tem como principal objetivo garantir o maior tempo de operação dos equipamentos, com confiabilidade e, sem dúvida, com o menor custo possível.
A melhoria do desempenho de peças através da redução dos desgastes pode ser um fator de sucesso importante para que esses objetivos sejam atingidos. Mas não basta simplesmente sair em busca dos materiais mais caros. É importante lembrar que nem sempre o material de maior valor agregado é aquele que vai resolver o problema.
O melhor material é aquele adequadamente selecionado para trabalhar dentro das condições para as quais ele foi desenvolvido para trabalhar.
Como melhorar a confiabilidade na manutenção industrial?
Para garantir o aumento de vida útil e a confiabilidade na manutenção de equipamentos, você deve levar em consideração 3 pontos que consideramos muito relevantes.
1 – Conhecimento de tribologia: A tribologia é a ciência que estuda a interação entre as superfícies. Quando nosso objetivo é aumentar a vida útil, melhorar a condição de operação e ter custos mais baixos, é importante ter o conhecimento do sistema como um todo. Como funciona o sistema? Qual a rotação? Qual a temperatura de trabalho? Existe algum componente químico? Qual a pressão atmosférica. Quanto maior o número de variáveis foi possível identificar, mais precisa vai ser a identificação de materiais apropriados.
Se você quiser saber mais sobre tribologia, leia também: Tribologia – O que é?
2 – Conhecimento de Mecanismos de Desgastes: a identificação dos mecanismos de desgaste que estão agindo sobre a superfície de uma peça nem sempre é uma tarefa simples. Em muitos casos existem ações combinadas que podem tornar esse processo bastante demorado. Os mecanismos de desgastes mais popularmente conhecido são o desgaste por abrasão, corrosão, erosão e cavitação. Mas cada um deles pode ter diversas classificações.
Para conhecer mais sobre Mecanismos de desgastes, leia: Mecanismos de Desgastes
3 – Aplicação de materiais e tratamentos de superfícies. O conhecimento de tribologia e dos mecanismos de desgastes vão servir de suporte para essa atividade. É comum vermos profissionais querer resolver problemas de desgaste por abrasão com materiais duros e nem sempre isso é uma premissa verdadeira.
Os tratamentos térmicos, associados com a aplicação de revestimentos contra desgastes (Como o Carboneto de Tungstênio, Stellite 6 e Inconel 625, por exemplo), vão garantir resistência mecânica e resistência aos mecanismos de desgaste associados ao ambiente de trabalho.
Exemplo: Hastes hidráulicas revestidas com Carboneto de Tungstênio Cromo aguentam 4000 horas em teste de Salt Spray (de acordo com a norma ASTM B117). Isso garante uma excelente resistência à abrasão associado à corrosão de ambientes marinhos. No entanto, esse mesmo material é incapaz de aguentar a corrosão do ácido clorídrico.
Não é fácil encontrar essas informações sobre os materiais. Pra obtê-los, são necessários uma grande quantidade de horas de ensaios. Nós resolvemos preparar um documento que agrega grande parte dessas importantes informações. Ele pode servir pra ajudar você nas especificações de seus projetos.
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