A laminação a quente, assim como o processo de trefilação, são operações de conformação mecânica do produto semiacabado, subsequente ao processo de lingotamento contínuo. Através de sucessivos ciclos de deformação plástica e tratamentos térmicos, na laminação a microestrutura do aço é refinada e o produto seguirá especificações geométricas (chapas, vergalhões, tubos, arames, etc.) de acordo com a necessidade de cada cliente, entre eles a indústria automobilística, madeireira, linha branca, de petróleo e gás, extração mineral, entre outras.
Por permitir trabalhar com um grande volume de material e obter produtos de geometrias variadas, a laminação a quente é o processo de conformação mais utilizado industrialmente. O material é direcionado por entre dois ou mais rolos giratórios para que sua seção transversal seja alterada. Os produtos laminados devem apresentar níveis adequados de espessura, rugosidade, planicidade e resistência mecânica.
Para atender a estas exigências de qualidade, é fundamental que os rolos (cilindros) de laminação estejam em condições adequadas de utilização e apresente boa estabilidade e resistência mecânica, tenacidade à fratura e alta resistência ao desgaste.
Mecanismos de Desgaste na laminação a quente
O processo de laminação a quente é extremamente severo no que diz respeito ao desgaste de peças devido às pressões envolvidas nesse trabalho, no volume de material processado e às temperaturas elevadas. Essas variáveis podem gerar danos nos componentes que impactam os fabricantes de 3 formas:
1 – Produção de produto não conforme: O desgaste de peças pode ocasionar o processamento de produto fora das especificações e geram refugos.
2 – Ineficiência na produção: O desgaste prematuro de peças no processo de laminação a quente de aços pode fazer com que os equipamentos não consigam produzir na sua capacidade ideal de trabalho.
3 – Paradas de máquina: Peças desgastadas necessitam ser substituídas e ocasionam a parada dos equipamentos para manutenção corretiva.
Figura 1 – Chapa do processo de laminação
Todos esses 3 pontos citados ocasionam custos elevados além de prejudicar o indicador de OEE.
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Revestimentos contra desgaste podem reduzir as falhas no processo de laminação a quente e consequentemente os custos de manutenção, além de aumentar a disponibilidade da planta. Exemplo, aplicação de revestimento RW 1000 aumentou o MTBF de uma chapa de desgaste na laminação em mais de 1000% (ver Figura 1).
Nós preparamos um material logo abaixo que mostra do que forma o desgaste interfere na qualidade da laminação e o que pode ser feito para reduzi-lo ou eliminá-lo.