Indicador OEE: aumento de 1% resulta em um lucro líquido 7% maior

Você conhece o significado do indicador OEE? O indicador OEE é um dos principais mecanismos de medição de produtividade utilizado atualmente. Ele foi desenvolvido pelos japoneses como ferramenta do TPM (Manutenção Produtiva Total. Ele identifica quanto um equipamento está agregando de valor para o processo. Ele reflete o quão eficientemente uma operação está utilizando seus equipamentos em relação ao seu potencial máximo, integrando três componentes principais: Disponibilidade, Performance e Qualidade

Com esses três componentes ele responde basicamente a 3 perguntas:

1 – Quanto tempo meus equipamentos ficam disponíveis para produzir? O tempo que o equipamento está parado pode ser classificado em paradas planejadas (paradas para treinamentos, manutenções preventivas, almoço, etc) e não planejadas (falta de matéria prima e quebras de máquinas, por exemplo)

2 – Com que velocidade meus equipamentos estão produzindo? É a relaçao entre a velocidade de produção atual e a velocidade na qual o equipamento deveria produzir. As perdas de velocidade podem estar diretamente relacionadas com o tempo de uso e o desgaste de peças dos equipamentos.

3 – Com que qualidade é realizada a produção? É o tempo perdido com a produção de peças defeituosas. São as não conformidades geradas na produção. Elas podem ser causadas por uma falha do operador ou por peras de parâmetros operacionais gerados por peças desgastadas.

 

Como Calcular o indicador OEE?

A fórmula básica do OEE é a multiplicação desses três componentes:

OEE=Disponibilidade × Performance × Qualidade

Um OEE de 100% representaria o cenário ideal, onde o equipamento está sempre disponível, opera em sua capacidade máxima e gera produtos perfeitos.

Exemplo de Cálculo

Cenário:

Uma máquina de produção em uma indústria trabalha em um turno de 8 horas por dia (480 minutos). No final do turno, os dados de operação da máquina são os seguintes:

  • Tempo Total Planejado de Operação: 480 minutos (8 horas)
  • Tempo de Paradas Não Programadas: 60 minutos (quebras, ajustes inesperados)
  • Velocidade Ideal de Produção: 100 peças por minuto
  • Peças Produzidas: 38.000 unidades
  • Peças Defeituosas: 1.000 unidades

Passo 1: Calcular a Disponibilidade

A disponibilidade mede o tempo que a máquina esteve realmente disponível para produção.

  • Tempo Planejado: 480 minutos
  • Tempo de Paradas Não Programadas: 60 minutos
  • Tempo Real de Operação: 480 minutos – 60 minutos = 420 minutos

Fórmula da Disponibilidade:

Disponibilidade=Tempo Real de Operação/Tempo Planejado=420/480=0,875 (ou 87,5%)

Passo 2: Calcular a Performance

A performance mede se a máquina está operando em sua velocidade máxima.

  • Velocidade Ideal de Produção: 100 peças por minuto
  • Tempo Real de Operação: 420 minutos
  • Quantidade de Peças que Deveriam Ter Sido Produzidas (ideal): 100 peças/minuto × 420 minutos = 42.000 peças
  • Quantidade Real Produzida: 38.000 peças

Fórmula da Performance:

Performance=Quantidade Real Produzida/Quantidade Ideal Produzida=38.000/42.000=0,904 (ou 90,4%)

Passo 3: Calcular a Qualidade

A qualidade avalia a proporção de produtos bons em relação ao total de produtos fabricados.

  • Quantidade de Peças Produzidas: 38.000 peças
  • Quantidade de Peças Defeituosas: 1.000 peças
  • Quantidade de Peças Boas: 38.000 – 1.000 = 37.000 peças boas

Fórmula da Qualidade:

Qualidade=Quantidade de Peças Boas/Quantidade Total Produzida=37.000/38.000=0,974 (ou 97,4%)

Passo 4: Calcular o OEE

Agora que temos os três componentes (Disponibilidade, Performance e Qualidade), podemos calcular o OEE.

Conforme já visto na seção anterior, a fórmula do OEE:

OEE=Disponibilidade × Performance × Qualidade 

Substituindo os valores:

OEE=0,875×0,904×0,974=0,770 (ou 77,0%)

Interpretação do Resultado

Neste exemplo, o OEE é de 77,0%, o que significa que a máquina operou de maneira eficaz em 77% de sua capacidade total. Esse valor pode ser considerado bom, mas ainda há espaço para melhorias, especialmente nas áreas de disponibilidade (tempo de paradas) e performance (velocidade de produção).

Em indústrias de alto desempenho, o OEE idealmente deve estar acima de 85%. Valores abaixo disso indicam que a eficiência da operação pode ser otimizada em uma ou mais dimensões do OEE.

Quais os impactos de um Baixo OEE para as indústrias?

O baixo OEE pode ter consequências graves para as empresas de diferentes setores industriais.

O primeiro impacto percebido é a perda de produtividade da linha de produção. Uma baixa disponibilidade significa que o equipamento passa mais tempo inativo do que produtivo. Falhas frequentes ou paradas inesperadas resultam em uma produção abaixo do esperado.

O aumento dos custos tanto de produção quanto de manutenção também fazem parte dos efeitos de um baixo OEE. Ineficiências operacionais aumentam o custo de produção, uma vez que recursos (mão de obra, energia, matéria-prima) são desperdiçados. Produtos com defeitos ou retrabalhos também resultam em gastos adicionais, prejudicando a margem de lucro.

Empresa com baixo OEE também tem problemas em ser competitiva. Empresas com baixa eficiência tendem a ter maiores custos de produção, o que pode reduzir sua capacidade de competir com concorrentes que conseguem produzir mais com menos. Em mercados globalizados e altamente competitivos, isso pode significar perda de participação de mercado.

Os prazos de entrega também podem ficar comprometidos quando a empresa possui um indicador OEE baixo.  Falhas na disponibilidade e performance podem atrasar a produção, comprometendo o cumprimento dos prazos de entrega para os clientes. Isso afeta a confiança do cliente e pode resultar em multas ou perda de contratos.

Há também a questão da auto estima da equipe.  Quando o equipamento está frequentemente com problemas ou quando os produtos precisam de retrabalho, a moral da equipe tende a cair. Trabalhadores podem se sentir frustrados ao lidar constantemente com ineficiências.

Como Melhorar o OEE?

Melhorar o OEE requer uma abordagem integrada que atenda a cada um dos três componentes (Disponibilidade, Performance e Qualidade) que compõem o indicador . Abaixo sugerimos  algumas estratégias que as qualquer indústria de diferentes segmentos podem adotar:

A programação de realização de manutenções preventivas e preditiva pode ser um excelente início. Implementar um programa robusto de manutenção preventiva ou preditiva pode reduzir significativamente as paradas inesperadas. A manutenção preventiva agenda paradas programadas em momentos estratégicos para evitar falhas. A preditiva, por outro lado, utiliza sensores e dados em tempo real para identificar padrões de desgaste e prever quando uma máquina precisa de manutenção antes de falhar. Atualmente, com sistemas de inteligência artificial essas paradas podem ser cada vez mais assertivas.

A otimização da produção também é uma importante estratégia. A melhoria da performance pode ser alcançada por meio de análises detalhadas do processo produtivo. Algumas ações incluem:

  • Redução de microparadas: Pequenas interrupções que, acumuladas, podem impactar significativamente a performance.
  • Aprimoramento da velocidade de operação: Ajustar parâmetros do processo para maximizar a eficiência sem comprometer a qualidade.
  • Capacitação dos operadores: Muitas vezes, uma operação inadequada dos equipamentos pode reduzir a performance. Treinamentos regulares garantem que os operadores utilizem os equipamentos de maneira otimizada.

A qualidade está diretamente ligada à eficiência. Para melhorar este aspecto, as empresas podem adotar programas de Controle Estatístico de Processos (CEP), que permitem monitorar e corrigir desvios antes que eles resultem em produtos defeituosos. Além disso, realizar auditorias de qualidade regulares e investir em tecnologia para garantir padrões de produção mais precisos pode reduzir significativamente os índices de refugos e retrabalho.

A automação de processos produtivos também pode ajudar a minimizar erros humanos e aumentar a consistência na produção. Máquinas automatizadas tendem a operar em níveis otimizados

A melhoria do desempenho de pelas de desgastes também está se tornando estratégica para a melhoria do OEE. Essas variáveis mencionadas acima estão completamente relacionadas com o nível de desgaste de peças. Em alguns processos, os equipamentos podem ter uma sensibilidade muito maior devido à precisão das peças e o desgaste passa a gerar sérios problemas que vão impactar diretamente no indicador OEE. Reduzir o desgastes de peças proporciona dois grandes resultados para as empresa:

1 – Melhoria do indicador OEE: A redução dos desgastes (como desgastes por abrasãocorrosão e erosão, por exemplo) reduz o número de paradas não programadas para manutenção, aumenta a disponibilidade, reduz a produção de itens fora de especificação.

2 – Aumento da lucratividade: Pesquisas mostram que melhorar 1% o indicador de OEE pode representar uma melhoria de 7% no resultado financeiro da empresa.

O desgaste de peças nos equipamentos é uma das principais causas de redução do nível do indicador OEE. Ele reduz a performance dos mesmos, com consequente redução da qualidade do produto produzido e finalmente gera a necessidade de parada para manutenção corretiva. que reduz a disponibilidade do equipamento para produção. Para descobrir o indicador OEE da sua empresa, basta fazer a soma dos resultados da disponibilidade, performance e qualidade. Quanto mais próximo de 100% estiver, melhor será. Aumentar em 1% o OEE de sua empresa reflete em 3 a 7% mais lucro líquido. Imagine então aumentar seu OEE em 10% ou mais!

Leia também: Em tempos de Redução de Custos, a aplicação de Revestimentos Contra Desgastes é um ótimo investimento

A aplicação de revestimentos contra desgastes pode ser uma importante alternativa para reduzir os desgastes e melhorar o indicador OEE. Os cases de sucesso mostram que uma boa seleção desses revestimentos pode incrementar a durabilidade de um componente crítico para o processo em mais de 500%. Veja por exemplo o caso de uma simples chapa de desgaste utilizada em um processo de laminação. Sua durabilidade era de 3 dias – Acesse o estudo de caso pra ver os incríveis resultados obtidos – Estudo de Caso – Chapas de Desgaste de processo de laminação a quente.

Essas escolhas não são difíceis de serem realizadas. Elas passam pelo conhecimento do que está acontecendo na superfície da peça. É importante que o profissional de manutenção faça uma correta classificação do mecanismo de desgaste que está agindo na superfície e reduzindo a durabilidade do componente. Nós preparamos um material pra ajudar nesse conhecimento. É bastante simples, mas pode trazer resultados expressivos quando se entende as sutis diferenças de conceitos. Você pode acessar abaixo o pdf completo desse material.

Tecnologias de revestimentos contra desgastes na melhoria do indicador de OEE

Revestimentos de alta tecnologia estão atualmente exercendo função estratégica na melhoria dos principais indicadores de manutenção de todos os segmentos da indústria, especialmente no que diz respeito ao indicador de OEE. A implementação desses materiais pelos processos de Aspersão Térmica, Plasma Transferido por Arco (PTA) e Laser Cladding é uma estratégia inovadora para elevar o indicador de Eficiência Global de Equipamentos (OEE) nas indústrias. Como já mencionado acima, OEE é uma métrica composta que reflete a disponibilidade, o desempenho e a qualidade dos equipamentos de produção, sendo fundamental para a otimização de processos industriais.

O processo de Aspersão Térmica envolve a fusão de materiais em forma de pó ou arame e sua projeção sobre superfícies para criar uma camada protetora. Esta técnica amplia a vida útil dos componentes, aumentando a disponibilidade dos equipamentos e reduzindo paradas não programadas para manutenção, o que impacta positivamente o OEE. Uma luva de desgaste, por exemplo, revestida com carboneto de tungstênio aplicador por HVOF tem aumento de MTBF de 600% em relação a uma peça similar sem revestimento. Esse mesmo desempenho é transferido para a vedação. Ou seja, o conjunto passa a operar por um período muito maior dentro das especificações do fabricante.

O método PTA, por sua vez, utiliza um arco elétrico e um gás plasmático para fundir material de adição sobre superfícies, gerando revestimentos de alta qualidade. Este processo é particularmente eficaz na melhoria da resistência ao desgaste por abrasão severa com impacto de partículas sólidas, desgaste por cavitação, abrasão e à corrosão, contribuindo para a manutenção da eficiência operacional e da qualidade dos produtos. Trabalha com aplicação de revestimentos espessos, podendo chegar a mais de 10 mm de espessura.

Laser Cladding, ou revestimento a laser, utiliza um feixe de laser de alta energia para derreter o material de adição sobre a superfície de um componente, resultando em revestimentos altamente aderentes e com mínima distorção térmica. Essa técnica não só protege contra o desgaste, como também pode ser usada para restaurar peças desgastadas, mantendo a alta performance e a qualidade da produção. Uma característica importante é que consegue aplicar filmes finos com união metalúrgica ao substrato.

A combinação destas tecnologias de revestimento avançadas contribui significativamente para a melhoria do indicador de OEE. Ao prolongar a vida útil dos componentes e minimizar as interrupções na produção, esses revestimentos aumentam a disponibilidade dos equipamentos. Além disso, ao assegurar a integridade e o desempenho ótimo das peças, ajudam a sustentar a velocidade e a qualidade da produção, elementos cruciais para a eficiência global dos equipamentos. São processos que estão completamente alinhados com os resultados que as empresas estão buscando com a adoção das tecnologias da indústria 4.0.

 

Estudo de caso

Conheça os principais Mecanismos de Desgastes

Baixe esse material. Ele vai ajudar você melhorar seus equipamentos e o seu Indicador OEE

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