As máquinas agrícolas estão acompanhando o desenvolvimento tecnológico. Cada vez mais específicas e mecanizadas para cada cultura, as máquinas agrícolas aparecem repletas de tecnologias, o que as tornam ainda mais produtivas.
Porém, apesar de um cenário bastante favorável, os resultados ainda precisam e podem ser bastante melhorados. Segundo dados do ministério do trabalho, o Brasil é um dos países que mais cresceu em produtividade agrícola nos últimos 30 anos. A principal causa desse crescimento está relacionada à tecnologia implementadas nas máquinas agrícolas. A perspectiva é de aumento de 25% na produção de grãos e 17% na área plantada para os próximos 10 anos.
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Com essa nova perspectiva, engenheiros de produto de máquinas agrícolas acabam desafiados a encontrar opções de melhoria no desempenho do agronegócio. Os produtores buscam a melhor rentabilidade, que pode ser atingida através da seguinte equação:
Rentabilidade = Preço (estabelecido pelo mercado) – custos de produção.
O custo de manutenção das máquinas agrícolas é representativo no impacto sobre a rentabilidade. As atuais técnicas de plantio, entre eles o plantio direto, e colheita melhoraram e muito a produtividade e expõem as máquinas agrícolas a ambientes severos em termos de desgastes e reduz o resultado do produtor por dois motivos:
1 – Produtividade: o desgaste de peças reduz o tempo disponível de trabalho do equipamento durante a janela de plantio e pode resultar em menor produtividade por área de plantio. Já na colheita, o desgaste de peças pode reduzir a eficiência do equipamento. Segundo a EMBRAPA, mais de 80% das perdas na colheita estão relacionados aos mecanismos de corte da colheitadeira.
2 – Substituição de peças: O desgaste de peças exige que o produtor mantenha estoque de peças de reposição e faça a devida substituição para a manutenção da produtividade. Esse custo é bastante representativo nos custos de manutenção.
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O engenheiro de produto de máquinas agrícolas pode contribuir diretamente com a melhoria desses resultados. Melhorar a durabilidade das peças passa pelo entendimento de como as peças são desgastadas e a partir daí fazer uma boa seleção de materiais e tratamentos superficiais que proporcionem maior resistência às peças-chave de máquinas agrícolas. Revestimentos de Carboneto de Tungstênio por exemplo, possuem resistência ao desgaste por abrasão mais de 500% superior em relação a tratamentos térmicos.
Para melhorar esse entendimento preparamos um material sobre os principais mecanismos de desgastes encontrados em máquinas agrícolas, confira logo abaixo.