As polias são componentes essenciais em equipamentos de praticamente todos os segmentos da indústria. Elas desempenham um papel importantíssimo na transmissão de potência e no movimento de cargas. No entanto, esses componentes estão sujeitos a danos ocasionados por diversos mecanismos de desgastes, variando de acordo com o ambiente de operação, o material de fabricação das peças e as condições de trabalho. Conhecer as principais causas de desgastes em polias e entender seus impactos nos processos pode ajudar as empresas a desenvolver estratégias mais eficazes para sua manutenção e prevenção.
Principais Causas de Desgastes
Ao longo dos anos, temos desenvolvido revestimentos para aumentar a durabilidade de polias industriais. No entanto, antes de desenvolver a solução, é importante que se tenha um conhecimento das principais causas que estão ocasionando o desgaste do componente. O domínio dessas informações permite que o engenheiro de manutenção consiga ter uma maior assertividade na escolha da melhor estratégia pra garantir a durabilidade das polias e melhorar os resultados da manutenção industrial.
Já identificamos diversos mecanismos de desgastes que impactam na durabilidade das polias nos equipamentos industriais. Entre todos, podemos destacar dois mecanismos que são encontrados praticamente em todos os casos que já trabalhamos.
O primeiro deles é o desgaste por abrasão. Pela própria natureza de operação, as polias já sofrem com esse mecanismo de desgaste devido ao contato, praticamente em todo o período de operação, com as correias. O desgaste por abrasão acaba sendo muito mais agressivo em polias de equipamentos de indústrias de mineração, na indústria cimenteira e em empresas fabricantes de pisos cerâmicos, por exemplo. Nesses casos, há uma grande quantidade de partículas sólidas e duras em suspensão. Elas acabam caindo entre as polias e as correias e reduzem drasticamente a sua durabilidade.
Há também diversos casos de ocorrência de danos ocasionados pelo desgaste por corrosão. Nesse caso, as polias são submetidas a ambientes com elevado nível de umidade ou com substâncias químicas. O processo corrosivo é ainda mais severo que as polias não foram feitos com materiais que foram projetados para esses ambientes.
Claro que já identificamos outros mecanismos de desgastes que atuam sobre as polias, mas a frequência é bem menor e vamos dar prioridade pra esses dois de maior incidência.
Impactos para as Empresas relacionados com o desgaste de polias.
O primeiro impacto decorrente do desgaste de polias industriais naturalmente é a redução da eficiência do componente. O desgaste da superfície pode ocasionar perda de tensão da correia e reduzir a capacidade de transmissão. Além disso, pode reduzir a área de contato com a correia e reduzir também a durabilidade desse componente. Outro efeito do desgaste é o aumento do nível de vibração, que pode estender os danos aos rolamentos.
O desgaste das polias também pode reduzir a durabilidade do componente e, vai acarretar, naturalmente no aumento do tempo de paradas para manutenção devido a necessidade de substituição das polias desgastadas por outras novas.
As polias industriais com desgastes também podem comprometer a segurança de operadores devido ao aumento das possibilidades de ocorrerem falhas mais severas no conjunto, como, por exemplo, a quebra da polia ou rompimento de correias.
O maior dos impactos é o aumento dos custos de manutenção. O desgaste frequente das polias requer, necessariamente, que sejam realizadas paradas – programadas ou não – para substituição de peças
Quais estratégias podem ser realizadas para aumentar a durabilidade de polias, com confiabilidade?
Para mitigar esses impactos ocasionadas pelo desgaste desses componentes, as empresas podem adotar uma série de medidas. A maioria delas tem custo muito baixo e o impacto positivo no resultado é muito grande. Na maioria dos casos foi possível obter um incremento na vida útil das polias em mais de 600%. E não para por aí. A durabilidade das correias também foi incrementada por que a polia passou operar dentro das condições adequadas por um período de tempo muito maior.
A primeira ação a ser realizada é a realização de uma rotina de inspeção mais frequente para avaliar como estão as condições operacionais do conjunto. A intervenção frequente associada com uma limpeza tem baixíssimo custo e impacto relevante nas condições operacionais do equipamento.
Uma outra ação a ser estudada é avaliar se o material de fabricação do componente está adequado ao meio ao qual a polia está sendo exposta. Uma polia de aço carbono, por exemplo, tem preço inferior a de peça fabricada em aço inoxidável. No entanto vai ter um pior rendimento se for exposta à ambientes corrosivos.
Se o meio de trabalho for de desgaste por abrasão severos, a fabricação das polias com aços ligados tratados termicamente, associados com bons revestimentos contra desgastes, como o de Carboneto de Tungstênio aplicado por Aspersão Térmica, são excelentes alternativas. Esses materiais podem garantir um aumento da durabilidade superior a 600% e, apesar de um investimento inicial maior, vai proporcionar uma redução de custos de substituição de peças superior a 50%.
É importante que o engenheiro de manutenção faça uma análise minuciosa de cada situação. O custo de uma polia, no montante de um equipamento acaba sendo insignificante em muitos casos. Mas os impactos ocasionados pela sua ineficácia operacional acabam sendo muito grandes. Implementar estratégias proativas para lidar com o desgaste não apenas melhora a durabilidade e o desempenho das polias, mas também contribui para a eficiência global dos equipamentos e a segurança no local de trabalho.