A produtividade na siderurgia é tema cada vez mais debatido nas engenharias de manutenção desse segmento. A indústria siderúrgica é responsável pelo fornecimento de insumos para diversos outros setores industriais, a partir da transformação do ferro. Nesse processo, produtos longos, planos (chapas e bobinas) ou produtos semiacabados (placas, tarugos e outros) podem ser obtidos.
No Brasil, 30 usinas compõem o cenário nacional siderúrgico, responsáveis por colocar nosso país entre os 10 maiores exportadores de aço do mundo. Porém, devido à sobre oferta decorrente da ociosidade da capacidade instalada, este setor tem passado por grandes perdas de produtividade.
Para aumentar a competitividade do aço brasileiro, grandes siderúrgicas buscam verticalizar para reduzir custos e otimizar a produção, além de procurar uma diferenciação dos produtos com melhora na qualidade, investindo em pesquisa e inovação. Como as plantas de siderurgia operam em regime contínuo de produção, os gestores de manutenção precisam trabalhar de forma que não ocorram falhas no processo produtivo, e por consequência paradas não programadas que afetem a disponibilidade da planta, aumentando os custos diretos e indiretos da produção.
Além disso, o custo da manutenção de muitos equipamentos é bem elevado, pois há diversas peças de baixa durabilidade e de grande dificuldade de reposição no mercado, uma vez que cada planta é feita de acordo com o terreno.
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O desgaste severo de peças e equipamentos, devido às altas temperaturas envolvidas nas etapas de fabricação (como no processo de lingotamento contínuo), é uma das principais causas de falhas no processo produtivo de siderúrgica. Ele gera elevados custos de manutenção, reduz a produtividade, produz peças com defeito e coloca em risco a integridade dos produtos acabados.
Conhecer os mecanismos de desgaste que reiteram o processo siderúrgico é um caminho para buscar possíveis soluções para aumentar a vida útil dos equipamentos. O histórico mostra que escolhas bem feitas podem aumentar o indicador de MTBF de peças em mais de 300% e reduzir o custo de substituição de peças em mais de 60%.
Nós preparamos a seguir um material técnico pra você conhecer os principais mecanismos de desgaste envolvidos no processo.