A competitividade industrial refere-se à capacidade de uma indústria ou setor econômico competir efetivamente em um mercado global. Ela engloba uma série de fatores, incluindo a eficiência da produção, inovação, qualidade dos produtos, custos de produção, habilidades da força de trabalho e acesso a recursos e mercados.
A competitividade industrial é essencial para o crescimento econômico de um país, pois impulsiona a produtividade, a criação de empregos e a geração de receitas. Quando uma indústria é competitiva, ela é capaz de atrair investimentos, expandir suas operações e conquistar uma participação maior no mercado global.
Existem várias estratégias que podem melhorar a competitividade industrial. Uma delas é investir em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para promover a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias. A inovação é fundamental para impulsionar a competitividade, permitindo que as empresas ofereçam produtos mais avançados, eficientes e adaptados às necessidades do mercado.
Outro aspecto importante é a eficiência da produção. Isso inclui otimizar processos, adotar tecnologias avançadas de manufatura e promover a melhoria contínua. A eficiência da produção não apenas reduz os custos de produção, mas também melhora a qualidade dos produtos e reduz o tempo de entrega, tornando as empresas mais competitivas.
Aumentar a produtividade com o consequente aumento da competitividade industrial pode ter diversos caminhos. Um deles, e que está facilmente ao nosso alcance, é incrementar a vida útil de peças dos equipamentos. Essa prática envolve a absorção do conhecimento de tribologia e dos mecanismos de desgastes existentes nas peças de máquinas e equipamentos.
Para facilitar o entendimento, vamos analisar algumas situações dentro da indústria:
1 – Hidrelétricas: As hidrelétricas utilizam turbinas do tipo Kaplan, Bulbo, Francis ou Pelton para gerar energia a partir da água dos rios. Normalmente, as peças das turbinas são fabricadas em aço carbono ou aço inox. A água dos rios possui partículas sólidas, e, quando em contato com a superfície das peças rotativas gera o desgaste por erosão.
Em muitos casos, essas peças também sofrem com o desgaste por cavitação, que é quando existe uma redução repentina de pressão do fluído, gerando pressões localizadas na superfície. A erosão, de forma isolada, é facilmente prevenida com revestimentos duros, como o Carboneto de tungstênio por exemplo, que apresenta resistência ao desgaste por erosão 500% superior ao dos materiais atualmente utilizados. Já a cavitação necessita de materiais mais tenazes, como é o caso do revestimento de Niquel Cromo, por exemplo.
2 – Siderúrgicas: A fabricação do aço é feita em um ambiente muito agressivo em termos de desgaste. Conduzido por uma série de equipamentos de grande porte como motores elétricos e redutores de velocidade, esse processo é realizado em meio a temperaturas elevadas e com peças passando pelo processo em altíssima velocidade, o que provoca o desgaste por abrasão. Esse ambiente exige materiais que consigam manter as características técnicas quando submetidos em altas temperaturas. Os revestimentos RW1000e Carboneto de Cromo conseguem aumentar a vida útil em mais de 1000% em algumas situações. Eles são altamente resistentes ao desgaste por abrasão e conseguem suportar temperaturas de até 1000 graus Celsius.
3 – Agricultura: Na agricultura existem diversos equipamentos utilizados para plantio e colheita de alimentos como soja, milho, cana de açúcar, entre outros. Nesse caso não há incidência de temperatura, mas do contato com a terra, fertilizantes e partículas sólidas como areia. Na agricultura encontramos, na grande maioria das vezes, desgaste por abrasão e desgaste por erosão, associados com desgaste por corrosão gerado pelo contato com os fertilizantes. Na maioria das vezes, os revestimentos de Carboneto de Tungstênio com Cromo e Carboneto de Cromo suportam essas situações. As experiências mostram aumento de vida útil de 500 a 700% em relação aos materiais tradicionalmente utilizados.
4 – Petróleo e Gás. Na indústria do Petróleo e Gás existem diversos equipamentos complexos utilizados no processamento do petróleo. Nesses equipamentos encontram-se diversos mecanismos de desgastes. Para reduzi-los, há uma variedade enorme de ligas, tais como Carboneto de Tungstênio,Carboneto de Cromo, Inconel 625, Stellite 6, Aço Inox, entre outras. Existe um material adequado para cada exigência de resistência. O aumento de vida útil alcançado nas peças desses equipamento pode chegar a mais de 500%.
É notória e clara a existência de inúmeras oportunidades de aumento de produtividade e redução de custos na indústria com a melhoria da qualidade de peças de máquinas. Basta que se tenha o conhecimento apropriado para que as aplicações sejam feitas no momento certo, utilizando o melhor recurso disponível. Do contrário, podemos estar desperdiçando recursos financeiros que poderiam estar sendo investidos com maior retorno sobre o investimento. Reduzir desgaste de peças é rentável e aumenta a produtividade e competitividade das empresas.
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