Carboneto de Tungstênio ou Cromo Duro? Qual o revestimento que vai proporcionar o melhor resultado no seu projeto? O aumento da vida útil de peças a partir de revestimentos metálicos tem sido uma importante estratégia de melhoria de produtividade e redução de custos.
Há muitos anos o revestimento de cromo duro eletrodepositado foi o principal material utilizado pelas engenharias para melhorar a durabilidade de peças. Ele sempre foi facilmente encontrado, com um preço relativamente baixo e com boa resistência ao desgaste por abrasão, corrosão e deslizamento.
Atualmente, a aplicação de revestimento de Carboneto de Tungstênio aplicado pelo processo de aspersão térmica tem ganho força nos projetos de produto. O fato é que esse material ainda gera muitas dúvidas. Gerando a pergunta. Carboneto de Tungstênio ou Cromo Duro?
>>Leia também: 5 pontos importantes que todo Engenheiro de Produto deve saber sobre o Revestimento de Carboneto de Tungstênio
Os impactos de uma escolha errada
Quando de pensa em carboneto de tungstênio ou cromo duro, escolher a alternativa errada pode comprometer os indicadores de desempenho de uma empresa devido a 3 motivos:
1 – Os custos de manutenção ficam mais elevados devido à frequência de troca;
2 – A empresa pode perder dinheiro pela necessidade de trocar a peça com maior frequência;
3 – O revestimento pode não suportar uma campanha inteira e ocasionar manutenção corretiva, prejudicando o indicadores de produção e da gestão de manutenção (como o indicador de OEE, por exemplo)
Veja 2 características que podem lhe ajudar a melhorar o seu entendimento sobre esse revestimento:
1 – Dureza: Quando olhamos o nível de dureza (em HV300) de forma isolada, a diferença não parece ser tão expressiva. O cromo duro apresenta dureza na faixa de 1000 HV, enquanto o Carboneto de Tungstênio possui uma dureza de 1250 HV. Para avaliar quanto essa dureza representa em desempenho, submetemos os dois materiais ao ensaio de desgaste por abrasão. O carboneto de tungstênio apresenta desempenho 400% superior ao do cromo duro. A avaliação do nível de desgaste é realizada por perda de volume da peça.
2 – Estrutura do revestimento: O carboneto de tungstênio possui estrutura lamelar, que inibe que o agente corrosivo ultrapasse a camada e ataque a base. Já o cromo duro eletrodepositado possui estrutura com micro trincas, que reduz a sua resistência à corrosão. Para avaliar o quanto essa característica impacta na resistência à corrosão, realizamos ensaio de névoa salina (normalizado pela ASTM B117). O Carboneto de Tungstênio apresentou um desempenho mais de 5000% superior.
3 – Resistência à abrasão: Os dois revestimentos foram submetidos ao desgaste por abrasão através do ensaio normalizado pela ASTM G65. O nível de perda de volume do carboneto de cromo foi 600% superior ao Carboneto de Tungstênio. Então, quando estiver em dúvida na hora de decidir se vai comprar carboneto de tungstênio ou cromo duro, é importante levar em consideração que o Carboneto de tungstênio pode proporcionar uma durabilidade 600% superior ao componente e vai gerar um impacto importante nos principais indicadores de manutenção.
Baixe a seguir o material “Redução dos desgastes de peças como estratégia para aumento da produtividade”.