Há décadas, a substituição do cromo duro por revestimentos alternativos vem sendo estudado em indústrias de classe mundial de países de primeiro mundo. Dois pilares estratégicos são norteadores dessas pesquisas. O primeiro, a necessidade do desenvolvimento de tecnologias limpas, que não agridem o meio ambiente e muito menos a saúde dos profissionais que trabalham nas linhas de produção. O segundo pilar é a necessidade de aumento de durabilidade de componentes industriais com redução de custos por unidade produzida
1 – O processo de Substituição do Cromo Duro
O desenvolvimento de novas tecnologias para substituição do cromo duro dos processos industriais teve início na década de noventa, nos Estados Unidos. Eles formaram um grupo colaborativo entre o governo americano, governo canadense e a Boeing para estudar tecnologias limpas para cumprir com esse objetivo. O nome desse grupo era Hard Chrome Alternative Team e tinha como principal objetivo eliminar o cromo duro, num primeiro momento, da indústria de aviação. As premissas principais era de que teria que ser uma tecnologia limpa (visto que o cromo duro gera danos ambientais devido ao cromo hexavalente presente no efluente), que não gerasse problemas de saúde para os tralhadores e que tivesse desempenho técnico igual ou superior ao do cromo duro eletrodepositado. Existem inúmeros estudos em domínio público na internet mostrando todo esse processo de desenvolvimento e os resultados encontrados na validação de revestimentos de carboneto de tungstênio aplicados por aspersão térmica em peças de trem de pouso. Esse grupo não existe mais atualmente por que foi criado um outro pra estudar tecnologias que elimine toda e qualquer tecnologia que gere impactos ambientais, inclusive com um órgão certificador de tecnologias limpas.
2 – O processo de Aspersão Térmica para Substituição do Cromo Duro.
A tecnologia de deposição de revestimento por aspersão térmica foi a escolhida para a substituição do cromo duro eletrodepositado. Os principais argumentos são de que esse processo não gera efluente líquido, não gera impacto na saúde dos trabalhadores e consegue ter desempenho técnico superior ao do cromo duro. Um revestimento de carboneto de tungstênio aplicado por esse processo, por exemplo, tem resistência à corrosão bastante superior ao do cromo duro, resistência ao desgaste à abrasão 600% superior e proporciona uma relação custo benefício em muitos casos menor.
3 – Vantagens da Aspersão Térmica:
1 – Ligas disponíveis. É possível aplicar uma grande variedade de ligas por esse processo, como alumínio, zinco, bronze, níquel, Stellite 6, carboneto de cromo, carboneto de tungstênio, entre outras. Essa grande quantidade de materiais permite que se aplique revestimentos adequados para cada ambiente. Essa é uma importante vantagem para pensar na substituição do cromo duro.
2 – Tamanho de peças: É possível realizar aplicação em peças de grande porte com a mesma estrutura que é realizado a aplicação em peças pequenas.
3 – Substratos que podem ser revestidos: Os revestimentos aplicados por aspersão térmica podem ser aplicados em qualquer peça metálica, ferrosa ou não. É possível aplicar um revestimento de carboneto de cromo em uma superfície de alumínio, por exemplo. É possível também aplicar um revestimento de alumínio para proteção contra corrosão ou para fins estéticos em coletores de motor
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4 – Desempenho: As empresas que estão aderindo à substituição do cromo duro por revestimento aplicados por aspersão térmica estão conseguindo aumento de durabilidade superior a 500%, com expressiva redução de custos de substituição de peças (no caso de usuários) e drástica redução de problemas de garantia por desgastes acelerados de peças (no caso de fabricantes de equipamentos.
Claro, existem ainda uma infinidade de informações pra que se tenha um entendimento mais aprofundado do processo de aspersão térmica. Muitas dúvidas vão surgir a partir da leitura desse texto. Pensando nisso, nós preparamos um documento em pdf pra poder fornecer mais detalhes. Pra baixar o documento é só acessar o link abaixo.