Você conhece o desgaste por erosão? O desgaste é a perda progressiva de um material devido ao movimento relativo entre a superfície e a substância com a qual este entra em contato. Existem diversos tipos de desgastes, sendo por fadiga (de contato, térmica e curva S-N), fricção, cavitação, adesão, abrasão e também por erosão, que é o que falaremos hoje. O entendimento desse mecanismo de desgaste é importante para todo o profissional que especifica materiais para componentes de máquinas por que ele se assemelha muito com o desgaste por abrasão. A confusão desses dois conceitos pode levar o profissional a erros que podem gerar sérios danos ao componente e ao equipamento.
O que é desgaste por erosão?
O Desgaste por Erosão é caracterizado pela remoção de material pela impacto na superfície de partículas sólidas presentes em um determinado fluído, que pode ser gasoso ou liquido. Esse tipo de desgaste é encontrado em peças de máquinas tais como bombas de polpa, pás de ventiladores e exaustores industriais, pás de turbinas de hidrelétricas, distribuidores de adubos, tubulações, entre outros.
O processo de desgaste por erosão de um componente começa de maneira imperceptível. A medida que ele vai se acentuando, os danos vão aumentando. Peças rotativas acabam perdendo balanceamento, gerando vibração e os danos podem se estender para outras partes do equipamento, como, por exemplo, gerar danos nos rolamentos. Em rotores de hidrelétricas, o desgaste por erosão pode se tornar desgaste por cavitação. A turbina passa perder eficiência na geração de energia e vai necessariamente ter que ser realizado parada para manutenção para reparar ou substituir o componentes. Esses eventos são caros, de alto risco de segurança e comprometem os resultados financeiros das empresas.
Como prevenir?
O primeiro passo para prevenir o desgaste erosivo é entender identificar o fluído, o agente erodente e o material base da peça. Quanto mais a partícula que está gerando o desgaste estiver impactando a superfície em ângulos baixos, mais propenso é a utilização de materiais duros, como, por exemplo, na superfícies de pás de turbinas de hidrelétricas. Nesse caso, a utilização de revestimentos aplicados por aspersão térmica é uma alternativa viável. Se a temperatura de trabalho for interior a 400º C o Carboneto de Tungstênio é o material mais adequado. Para ambientes com temperaturas superiores a 400ºC recomenda-se a utilização do Carboneto de Cromo.